O crossover The Flash / Fantastic Four #1 une Barry Allen ao Quarteto Fantástico em uma aventura multiversal inédita entre DC e Marvel. Saiba como esse encontro acontece e por que está chamando atenção dos fãs
(Aviso: este artigo contém spoilers da HQ DC/Marvel: The Flash / Fantastic Four #1.)

Depois do Quarteto Fantástico estrear no MCU em First Steps, a equipe deu um passo inesperado — mas dessa vez nos quadrinhos. A HQ digital DC/Marvel: The Flash / Fantastic Four #1 acaba de ser lançada e traz um encontro raro entre Barry Allen e a Primeira Família da Marvel.
E apesar do choque inicial (“Flash com o Quarteto Fantástico?”), a história faz tudo parecer incrivelmente natural.
O especial é escrito por Jeremy Adams com arte de Adrian Gutierrez, e faz parte do novo pacote de colaborações entre Marvel e DC que inclui outros encontros, como Batman/Deadpool, Thor/Shazam e Hulk/Harley Quinn.

Como o crossover começa: um jogo de tabuleiro, um símio telepata e zero aviso prévio
A HQ abre com um momento clássico do Quarteto Fantástico: uma noite de jogos no Edifício Baxter.
Eles jogam versões multiversais de “Gothamopoly” e até um “Escape from Arkham Asylum”, o que já indica o tom leve da história.
Mas tudo muda quando Gorilla Grodd, vilão clássico do Flash, invade o laboratório de Reed Richards trazendo Barry Allen sob controle mental.
Grodd quer usar a tecnologia do Senhor Fantástico para amplificar seus poderes psíquicos — e para isso, força Reed a enviar o resto da equipe (Sue, Johnny e Ben) para outra dimensão junto com o Flash.

A viagem pela Força de Aceleração
Em uma das cenas mais criativas do crossover, Barry “puxa” o Quarteto através da Força de Aceleração, abrindo caminho para realidades paralelas enquanto tentam retornar ao universo Marvel.
No meio da jornada, eles enfrentam:
- Reverse-Flash
- Os Rogues
- Vários membros da Flash Family, incluindo Wally West, Jay Garrick e Impulso
Cada parada funciona como uma mistura maluca de estilos narrativos: a ficção científica da Marvel encontra a física absurda da DC, e a combinação funciona surpreendentemente bem.

Por que o Flash se encaixa tão bem no Quarteto Fantástico
Uma das grandes sacadas da HQ é mostrar que a “Família Flash” e a “Família Fantástica” são mais parecidas do que parecem.
Ambos são grupos “familiares” — um literalmente, outro emocionalmente — e ambos são conhecidos por explorar realidades alternativas.
Além disso:
- Reed Richards e Barry Allen têm mentes equivalentes quando operam no máximo.
- Ambos são heróis que vivem resolvendo problemas com ciência e improviso.
- Os dois são pilares da narrativa multiversal de seus universos.
A HQ até termina com uma cena maravilhosa: Reed e Barry jogando vários jogos de tabuleiro ao mesmo tempo, cada um raciocinando em velocidades impossíveis.
Barry termina a história como um honorário “Quinto Integrante” do Quarteto Fantástico — e o título não parece exagero.

O papel de Grodd e a base do conflito
Grodd, mais uma vez retratado como um vilão extremamente perigoso, funciona como ponto de ligação entre os universos. Seu plano envolve absorver tecnologia do universo Marvel para transformar sua telepatia em uma ameaça multiversal.
Ele é, inclusive, o motivo pelo qual o crossover não parece apenas promocional:
Grodd é um vilão com complexidade e motivação próprias, o que dá peso à narrativa e evita o clichê de “crossover pelo crossover”.
Crossover é canon? Vai continuar?
Até agora, a história é one-shot.
Mas a recepção foi tão positiva que fãs já esperam uma continuação — especialmente após o final, onde Barry se despede com um:
“Se precisar de mim… vocês sabem como me encontrar.”
E honestamente, Reed Richards provavelmente já está desenvolvendo algum “Flash Beacon”.
Como ler a HQ
A edição está disponível nas plataformas oficiais:
- DC Universe Infinite – DC/Marvel: The Flash / Fantastic Four #1
- Marvel Unlimited – parte do pacote de crossovers lançados em simultâneo
O encontro entre Flash e o Quarteto Fantástico era improvável — mas a HQ mostra que algumas ideias malucas simplesmente funcionam.
Uma aventura rápida, divertida, cheia de multiverso, vilões clássicos e com química inesperada entre Barry Allen e a Primeira Família da Marvel.
Se os próximos crossovers seguirem essa linha, 2025 pode ser lembrado como o ano em que “Marvel + DC” voltou a ser algo épico.


